segunda-feira, 25 de julho de 2011

MADEIRA E SEUS ENCANTOS






CABELO BRANCO

No meu cabelo onde o tempo
Vai pintando com o vento
Vai pintando as cores do tempo
Que as bendigo e sem lamento

O tempo marca-me o rosto
O tempo que vou vivendo
Que o vivo sem desgosto
Que vou vivendo cescendo

E os amores, ai os amores
Que foram com a mocidade
Deixaram-me tantas flores
Transformadas em saudade

O tempo pintou o meu cabelo
Com um pincel de vento
Com um beijo de maresia
Com três gotas de saudade

E hoje à vida agradeço
Os brancos cabelos ao vento
Minha ave de tropeço
Porque hoje ainda te invento!


Fotos: Louro
Poema: Anónio Henrique
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