terça-feira, 23 de outubro de 2012

ASAS DE TERNURA

 
 


Porto Santo


Num acesso de loucura
Ao mar eu disse um poema
Tinha tristeza e candura
E um pouco de muita pena

Pouco a pouco chegaram
De todo o lado gaivotas
Elas comigo cantaram
Esqueci as horas mortas

Umas até dançaram
Um bailado à poesia
E a tristeza levaram
Deixando-me só alegria

Mas a mais bela gaivota
E a que eu queria ter
Perdeu-se na sua rota
Ficou no meu ser

E são asas de ternura
São asas de bem querer
Dei-lhe o nome de loucura
Transformando-se em mulher

Fotos: Louro
Poema: António Henrique
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