quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

DISPO UMA FLOR

 
 

Por do Sol

Eu não tenho mealheiro
E falta-me tanto amor
Serei sempre eu o primeiro
O mais abastado na dor

Mas em vez de chorar eu canto
Em vez de parar eu ando
Porque sou Romântico e tanto
E me pergunto quanto e quando;

Deixarei eu de ser Romântico,
Se o céu é do azul mais puro
E a mulher mais puro cântico

E no verso mais que fantástico
A palavra despe a flor
Que eu olho com espanto,Romântico...


FOTOS: Louro
POEMA: António Henrique
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

ASAS DE TERNURA

 
 


Porto Santo


Num acesso de loucura
Ao mar eu disse um poema
Tinha tristeza e candura
E um pouco de muita pena

Pouco a pouco chegaram
De todo o lado gaivotas
Elas comigo cantaram
Esqueci as horas mortas

Umas até dançaram
Um bailado à poesia
E a tristeza levaram
Deixando-me só alegria

Mas a mais bela gaivota
E a que eu queria ter
Perdeu-se na sua rota
Ficou no meu ser

E são asas de ternura
São asas de bem querer
Dei-lhe o nome de loucura
Transformando-se em mulher

Fotos: Louro
Poema: António Henrique
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

QUADRAS D`AMOR

 
 

Caniço-Madeira

Eu não sei fazer canções d`amor
Mais amor já não sei dar
Mas sei que fazer amor
Não pode ser feito a cantar

O canto espelha o amor
E o amor nos faz cantar
Mas para fazer amor
É preciso mesmo amar

Porque o amor á desgarrada
É apenas uma canção
Posso jurar minha amada
Que o amor vem do coração

Quadras d`amor já eu fiz
Quando amava como um louco
Era tanto, e tão feliz
Que agora sem ti, sou tão pouco



FOTOS: Lourenço
POEMA: António Henrique
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terça-feira, 10 de julho de 2012

A SONHAR

 
 
 
Pico do Areeiro-Madeira


Tu que sabes que a desgraça
É pensar já sem ter sonhos,
Tu, que Deus me deu a graça
De te ter sempre em meus olhos

Há quem diga os sonhos
Nunca são a realidade
Mas a realidade é que os sonhos
São a única verdade

Em busca da felicidade
Andas perdida a rezar
Mas onde está a verdade
Se não paras de sonhar?

Será que o sonho é mentira?
E que a vida não foi sonhada?
Sonha a vida rapariga
E p/la vida serás amada!

Deixa a quem quer, pensar
Tu, vive a vida a sonhar
Porque quem levou a vida a pensar
Nunca soube o que é amar


FOTOS: Louro
POEMA: António Henrique 
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quarta-feira, 30 de maio de 2012

MINHA POMBA

 
 

 Calheta -Madeira-Portugal


Minha pomba de ternura
E meu berço de esperança
Onde me deito como homem
E onde me levanto criança

Meu lençol de carinho
Minha manta de guarita
Meus braços de embalar
Minha cura, em minha ferida

Meu prado verde onde cavalgo
Meu rimar de vida, minha flor
Minha aventura, fim de vida
Que à vida morrendo, ficando o amor

Sol alegre que permaneceste
Silva silvestre não agreste
Que de amor e coração me veste
Desde o dia em que vieste


FOTOS: Louro
POEMA: António Henrique
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terça-feira, 17 de abril de 2012

APRENDI

         
 


PORTO SANTO-MADEIRA

Já fui triste e triste andei
P`las ruas da amargura
Mas foi ai que encontrei
Vinda de Deus,a ternura

Aprendi que a vaidade
É coisa de tolo farsante
E que só tem liberdade
Quem é da vida um amante

Um olhar pode ajudar
Quem passa a vida ao relento
E só em Jesus pensar
Que jesus na alma é alento!

Assim foi que eu pensei
Jesus em meu coração
Assim foi que encontrei
O sentido do perdão.


FOTOS: Louro
POEMA:António Henrique
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terça-feira, 13 de março de 2012

ESPEREI







PONTA DELGADA-MADEIRA



Esperei por ti, tu não vieste

Endureceste o meu coração

Sabendo o mal que fizeste

Não terás mais o meu perdão


No eco do meu corpo o sofrimento

Sofre o amor que como louco

De te querer sem arrependimento

De haver dado tanto, por tão pouco


Em minhas mãos o teu perfume

Agora nesta noite escuridão

Não sei já se de ciúme o meu queixume,

Não terás mais o meu perdão


Alucinaste todo o meu ser

E eu sem saber porque razão

Mas que mais hei-de fazer

Senão dar-te o meu perdão...



Fotos: Louro

Poema: António Henrique







quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

AVE DE CAMPO






PORTO MONIZ-MADEIRA



Assim me curo a pensar

E tenho no peito a canção

Com pensamento e cantar

Vou matando a solidão



É uma angútia no peito

Uma dor, uma ferida

É pensamento desfeito

A palavra despedida



Fechei-me com cinco chaves

Cadeado mais corrente

Mas assim como tu sabes

Pareceu-me não ser decente



Eu fui dado á natureza

Tal uma ave do campo

Viver por entre a beleza

Viver inteiro no tempo



Fotos: Lourenço

Poema: António Henrique




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

LISBOA NOSTALGIA







CAMBRA DE LOBOS -MADEIRA


De uma só vez posso e deixo

deixo tudo para trás

Ora traz lá o cabaz

Cheio de fruta boa,

Porque não tarda muito

Vou partir para Lisboa,

Lisboa das sete colinas

Das calçadas e das esquinas

Das cantadeiras e fados

Mas já tão só, sem varinas

Sem os pregões que ouvia...

Agora me deixam no peito

Saudades e nostalgia !



Fotos : Louro

Poema : António Henrique

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